Foto: Foto: Ida Marie Odgaard/Ritzau Scanpix via AP
Torre de prédio histórico de Copenhague
Um incêndio de grandes proporções destruiu o prédio da antiga Bolsa de Copenhague, um edifício do século XVII, na Dinamarca. O incêndio aconteceu nesta terça-feira (16).
A torre de 54 metros, com o formato de caudas de quatro dragões entrelaçadas em espiral, foi encomendada pelo rei Cristian IV e construída entre 1619 e 1640. As cenas do incêndio lembraram a destruição do teto da catedral de Notre-Dame, em Paris, em 2019.
O edifício, uma das construções mais antigas de Copenhague, estava passando por obras de restauração. O local abrigava diversas obras de arte e peças de valor histórico. Ainda não há informações sobre as causas do incêndio.
O prédio, localizado próximo ao Parlamento da Dinamarca, abrigou a sede da Bolsa de Copenhague até a década de 1970 e é atualmente a sede da Câmara de Comércio Dinamarquesa.
A polícia isolou parte do centro da capital para auxiliar os bombeiros na operação de combate às chamas. Bombeiros, funcionários da Câmara de Comércio - incluindo o seu CEO, Brian Mikkelsen - e até populares foram vistos nas ruas carregando grandes pinturas para longe do incêndio, numa corrida para salvar o maior número de peças possíveis do fogo.
“Estamos salvando tudo o que podemos”, disse o chefe do corpo de bombeiros, Jakob Vedsted Andersen. “Estamos diante de um cenário terrível”, afirmou a Câmara de Comércio em nota.
O edifício foi originalmente construído no século 17 para abrigar tendas onde se vendiam mercadorias como chá e especiarias. “Pensava-se que muito ouro seria trazido para a Dinamarca, e por isso eles colocaram imagens de dragões no teto, pois eles são conhecidos por proteger o ouro”, explica a pesquisadora Ulla Kjaer, do Museu Nacional da Dinamarca.
A espiral também possuía três coroas no topo, simbolizando os reinos da Dinamarca, Noruega e Suécia. “Essa espiral é absolutamente icônica e não há outra parecida no mundo”, diz Kjaer.
A presença de imagens de dragões no teto é vista como uma proteção simbólica contra os inimigos e também contra o fogo, segundo a explicação fornecida pela Câmara de Comércio em seu site.
“Uma parte importante da nossa herança arquitetônica estava e ainda está em chamas”, lamentou a Câmara de Comércio. A perda é imensurável e o impacto na história e cultura da cidade é profundo.
Fonte: G1, Agência Brasil
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